TERROR NA TERRA PROMETIDA

Fala Galera! Quero pedir desculpas pelo sumiço, mas saibam que eu não me esqueci de vocês, recentemente reli uma edição do Hulk publicado pela editora Abril e eu quero tecer algumas considerações especificamente sobre a primeira história de O Incrível Hulk 12.

Bill Mantlo escreve um roteiro onde o Golias Esmeralda está em Israel, à narrativa mostra o medo das pessoas quando contemplam o Hulk, a reação das autoridades tentando mata-lo, obviamente nenhuma das investidas alcançam sucesso.

O que chama atenção na verdade é a construção de uma breve amizade entre Banner e um menino de rua, Bruce ajuda o menino a se esconder, haja vista que o jovem tinha roubado uma melancia.

Eles repartem a fruta e o bom doutor se identifica com o menino, mas ocorre um ataque terrorista e o jovem morre, rapidamente Sabra culpa o Hulk, afinal de contas ele é um monstro, mas no final o que é revelado é que embora o Golias Esmeralda tenha uma aparência monstruosa, quem tem ações monstruosas não é ele.

No final Bill Mantlo escreve: “Foi o Hulk que a (Sabra) fez ver este menino Árabe como um ser humano. Foi um Monstro que despertou nela o senso de humanidade”.

A forma com que a história é abordada provoca uma profunda reflexão acerca da maneira como vemos as pessoas, sobre os problemas políticos vigentes até hoje entre Israel e a Palestina.

Além do impacto causado no leitor sobre as monstruosidades possíveis, onde inocentes morrem por causa de atitudes estupidas de pessoas que fogem do dialogo e usam de violência para fazer valer seus supostos direitos.

A história publicada aqui no Brasil em 1984 continua contemporanea, cheia de sentido, mostrando que não é apenas um gibi, mas uma critica a vários problemas vigentes no mundo de ontem e de hoje.

Até a próxima!