Há quem diga que Jeph
Loeb tem uma espécie de toque mágico, tudo o que ele toca vira lixo. Logo, seu
trabalho não é muito apreciado por um número significativo de fãs da Nona Arte.
Entretanto, nem tudo o que Loeb fez é ruim, Hulk Cinza é uma das histórias contadas
pelo autor aqui citado que é bem interessante.
Loeb ambienta a
história nos primeiros dias de existência do Hulk, porém tudo é mostrado a
partir de uma sessão de terapia entre Bruce e Samson. No dia do aniversário de
casamento de Betty e Banner, porém a data não pode ser comemorada, pois Betty
está morta.
A partir desse contexto
Loeb mostra o dialogo entre os dois mesclando com as imagens do passado de
Banner/Hulk. O autor mostra um Hulk ingênuo, tipo uma criança que está
começando a descobrir a vida, que não entende muita coisa e é profundamente
incompreendido.
Três personagens são de
fundamental importância na trama, a saber, Ross, Betty e Rick. Ross é o ódio
puro e latente pelo Hulk e do Gigante Cinza por ele. Ross é a obsessão em
pessoa, mostrado em alguns momentos como um
lunático.
Rick é o amigo que
Bruce ganhou sem querer ganhar, pois o salvou e por causa disso seja o desafio
pequeno ou gigantesco, ele está com Banner para o que der e vier.
Betty é o amor, o
alento e talvez a pessoa capaz de fazer o Hulk encontrar a paz que tanto
deseja, mas na história ela é também ousada, irritante e delicada. A única
pessoa capaz de realmente mexer com o coração do Hulk.
Isso é tão forte na
história que num determinado momento o Hulk enfrenta o Homem de Ferro (diga-se
de passagem dá uma surra em Stark), mas acidentalmente ele fere Betty, quando
percebe o que fez ele fica angustiado, procura fazer de tudo para ajuda-la. Ela
quer ir embora, mas ele não deixa, Ross chega e eles lutam e o Hulk não mata
Ross porque Betty pede para o Gigante Cinza poupar a vida de seu pai.
Quanto à arte, Tim Sale
faz um trabalho muito bacana, seu traço não é convencional e por isso deixou
tudo muito bem ilustrado, olhares, rostos de alegria, de angustia, de raiva e
tristeza. E páginas duplas muito bem elaboradas.
Hulk Cinza é uma
minissérie em seis partes que fala de luto, da dor da perda de quem gostamos.
Da possibilidade de se perder alguém importante e de como às vezes a saudade é
dolorosa, por não se poder mais chegar perto de quem amamos.
Mas, também é uma
história de reflexão sobre o que temos guardado dentro do coração e de
descoberta. Descoberta da vida, pois é isso que o Hulk faz, ele descobre a
vida, ele não entende a maioria das coisas, mas vive, procura se encaixar e
deixa claro que ele é só diferente e não um monstro.
Desta vez Loeb acertou,
por isso aproveite e leia Hulk Cinza e se já leu aproveite para ler de novo.
Ainda não li, mas gosto da arte desta mini e parece que a história é bastante atrativa
ResponderExcluirMeu amigo Guy leia que vale a pena.
ResponderExcluirEu tenho aqui em casa Hulk Cinza, por causa dele que não acho o JL tão ruim assim, o cara é extremamente comercial, mas nessa mini ele fez algo realmente belo com o personagem e o Tim Sale, ele faz por merecer cada centavo dado no trabalho dele, ouvi dizer que é um dos desenhistas mais caros do mercado...o cara sabe que é bom e que faz toda a diferença num projeto...
ResponderExcluirPra mim o Loeb é muito fraco,mais nessa mini,ele mandou bem
ResponderExcluirdetestei a fase do Hulk quê ele escreveu junto com o desenhista
Ed mag(não me lembro agora o sobrenome do cara)
o Hulk dele parecia um esteróide anabolizante ambulante.
mas Hulk cinza ficou bacana.
Ed McGuinness tem um estilo muito cartoon e é bem complicado. O Hulk de Loeb foi assombroso.
ResponderExcluirQuando se compara Hulk com Hulk Cinza nem dá para acreditar que foi a mesma pessoa quem escreveu as histórias.
Bom post João!
ResponderExcluirLoeb já acertou muitas vezes, e já fez caca outras tantas. É bastante irregular. Este arco é muito bom, e Tim Sale costuma fazer um bom par com Loeb (The Long Halloween é desta dupla), e como de costume dá uma grande expressividade às personagens de Loeb.
;)
Tim Sale é foda. Agora o Loeb.... bem, todo perna de pau merece ter um dia de craque.
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