Fala Galera! Quero
convidá-los por meio do presente texto para um passeio até o passado do
Incrível Hulk, mais especificamente para a década de setenta do século passado,
me refiro às edições 219 e 220 da mensal do Golias Esmeralda.
Essa semana estive
dando uma olhada em histórias antigas do Hulk e me “debrucei” sobre as edições
acima citadas, fiquei encantado com o roteiro de Len Wein e Roger Stern e com a
arte de Sal Buscema e Ernie Chan.
Com uma equipe criativa
desse nível dificilmente a história poderia dar errado, obviamente não deu, a
narrativa é agradável demais, faz o leitor redescobrir o porquê de ser fã do
Hulk, nada mirabolante é feito, mas é muito bem escrito e no fim é isso que
conta.
Na história me deparei
com um Hulk amargurado e furioso por perder pessoas que ama, está ele também
exausto e acaba adormecendo, com isso ele volta à forma de Banner, o bom doutor
arruma trabalho numa embarcação e em dado momento eles são atacados por
piratas.
Desse momento em diante
a aventura toma uma forma muito interessante, situações ocorrem e o Hulk acaba
se deparando com um sujeito que pensa ser Robinson Crusoé, ação não falta desse
momento em diante.
Mas, não se trata de
ação sem motivo, a história caminha para que isso ocorra, as soluções para os
problemas são bem apresentados, a maneira com que as histórias dos personagens
se amarram a trama é muito bem retratada e com um final bem abordado.
Quanto à arte, o que
dizer de Sal Buscema e Ernie Chan? A arte é de extremo bom gosto, cada quadro,
os cenários, as expressões no rosto dos personagens e as cenas de ação foram
desenhadas de forma incrível.
Nos dias atuais não
estamos lendo boas histórias do Hulk, por isso, às vezes precisamos voltar ao
passado para ler gibis que mostram que o Golias Esmeralda é um personagem
interessante, com conteúdo bacana e com tramas bem desenvolvidas.
The Incredible Hulk 219
e 220 revelam uma narrativa que mostra culpa, cobiça, remorso, raiva, tentativa
de corrigir os erros, uma certa expiação de pecados, o vilão pagando de forma
pesada por seus erros e um Hulk cheio de fúria, mas um coração pleno de
bondade.
Nota 9,5!
Até a próxima!
Uma das hqs do hulk pela qual eu tenho uma memória afetiva é aquela em que ele carrega uma ilha. Imaginem o quanto foi impactante aquela cena pra um garoto de 7 anos minha idade na época
ResponderExcluirCertas histórias sempre nos marcam e isso é muito bacana.
ExcluirCuriosamente estou lendo Robinson Crusoé. Uma edição do Hulk que me marcou é uma da RGE em que ele se depara com uma criatura escura chamada Billy, que era irmão de duas misteriosas crianças. O clima místico e sombrio dessa história me marcou, bem como o desfecho. Tinha arte de Alfredo Alcala.
ResponderExcluirA arte de Alfredo Alcala é sensacional
ExcluirConcordo quanto à Alcala, realmente era sensacional. Mas apenas corrigindo a informação, os desenhos, assim como o argumento dessa história, foram de JIM STARLING, com roteiro e edição de LEN WEIN... a arte-final, primorosa e fantástica, essa sim, era de Alfredo Alcala.
ExcluirSal Buscema e Ernie Chan? essa dupla fez trabalhos maravilhosos com o personagem Conan! a arte deles é simplismente fantastica! saudade demais dos formatinhos da abril!!
ResponderExcluirO Hulk teve fases memoráveis, pena que a Panini despreze o personagem como se ele fosse a raspa do tacho. Infelizmente, com as histórias atuais tão ruins, nem é tão difícil entender por que. Mas a mitologia do personagem é repleta de histórias magníficas e envolventes, como a história citada, com um cara perturbado (mas boa gente) que se acha Robinson Crusoé e desenvolve um vínculo com o Hulk. A cena final dessa história é muito emocionante, tratando, como bem citado na resenha, de uma redenção.
ExcluirO lápis de Sal Buscema aliado à lindíssima e detalhada arte-final de Ernie Chan nos proporciona cenas espetaculares e belos deleites artísticos dessa dupla. Para mim, de todos os que finalizaram o lápis de Sal Buscema, Ernie Chan está no topo. E a fase escrita por Len Wein (nessa história já passando o bastão para o então estreante Roger Stern), na minha opinião, foi uma das mais memoráveis e saudosas do Gigante Verde.
Não sinto nenhuma falta dos formatinhos.... mas sinto falta dessas histórias e da atenção que as editoras davam ao Hulk.