RESENHA: QUEM ATIROU EM BRUCE BANNER?

AVISO: TEM SPOILER

Quem atirou em Bruce Banner? Está é a pergunta que estampa a capa da edição numero um da nova revista do Golias Esmeralda. A resposta para a referida questão começa a ser dada por Mark Waid e Mark Bagley em Hulk 1.

Bruce Banner está numa determinada instalação (que a princípio acredita-se ser da S.h.i.e.l.d.) em estado crítico. Certo Dr. Aaron Carpenter é convocado para operar Bruce, ele fica espantado quando descobre que terá de fazer uma cirurgia no Incrível Hulk.

Mas, este mundo é muito pequeno, o leitor rapidamente descobre que o Dr. Carpenter já estudou com Banner e partir daí um pequeno flashback é feito, revelando uma relação distante entre eles e como ele ficou sabendo do acidente que transformou Bruce no mortal mais poderoso da Terra.

Mais adiante é revelado que pessoas infiltradas na S.h.i.e.l.d. planejaram o atentado a Bruce Banner, tudo foi devidamente planejado para que pudessem coletar amostras da fisiologia de Banner. Eles ainda tinham como meta, implantar um dispositivo em seu cérebro para provocar a transformação no Hulk quando lhes fosse conveniente.

Nesta altura do campeonato é revelado que o local onde está ocorrendo o procedimento cirúrgico não é da S.h.i.e.l.d. e o Dr. Carpenter é coagido a implantar o referido dispositivo na mente de seu paciente.

Como já mencionado neste texto, este mundo é muito pequeno, a anestesista quando era criança foi salva pelo Hulk e não o enxerga como um monstro e sim como um herói, logo ela dá um jeito de Bruce despertar, ele se transforma, salva a equipe médica, seus algozes fogem, o Hulk parte do local, mas acaba desmaiando por causa da dor que está sentindo na cabeça.

Duas semanas depois, Maria Hill e o Agente Coulson encontram Banner num hospital num estado inimaginável. O médico explica que o dano cerebral foi tamanho, que jamais o Dr. Robert Bruce Banner voltará a ser inteligente novamente.

Mark Waid faz um trabalho muito competente em Hulk 1, a revista tem um tom mais intenso, uma clima mais pesado, com conspirações, dilemas éticos, culpa entre outros elementos de tensão.

Um clima de suspense perpassa toda a edição, ao mesmo tempo a ideia de que se você plantar uma coisa boa colherá uma coisa boa é usado pelo roteirista, pois quando salvou a família da anestesista o Hulk fez uma coisa boa e teve uma boa colheita, pois ela ajudou Banner num momento de grande necessidade.

O desfecho da edição é impressionante, pois o leitor poderia esperar Banner em estado de coma, mas ele está numa situação clinica quase vegetativa e isso provoca aquele desejo de saber o que Waid fará nas edições seguintes e quais elementos ele usará para reverter essa situação.

Quanto a arte Bagley faz um trabalho bacana nesta edição, ele consegue construir quadros que retratam bem a intensidade do roteiro proposto por Waid. Além disso, as paletas de cores escolhidas por Jason Keith realçaram muito bem o clima de dramaticidade do novel título do Golias Esmeralda.

Até a próxima!