PARTILHANDO LEMBRANÇAS

O ano era 1987 e eu havia tomado uma decisão: Iria começar a ler revistas em Quadrinhos. Fui então até uma papelaria em minha cidade e comprei uma edição de Heróis da TV 97, capa bonita parecia bacana, li e não entendi quase nada, mas não desisti, comprei um outro gibi; O Incrível Hulk 48.

A edição era composta por três histórias, uma do Hulk e duas de Guerra nas Estrelas, confesso que não curti muito Guerra nas Estrelas, mas o Hulk foi sensacional, me diverti muito. Foi justamente isso que me fez querer comprar o numero seguinte.

Em Incrível Hulk 48 o Golias Verde dá a maior surra no Bumerangue e no número 49 ele enfrenta Stryker e Rom. Fiquei muito empolgado com Incrível Hulk 49, pois a história era fantástica e os desenhos eram de impressionar.

Então peguei gosto de vez e passei mensalmente a acompanhar a revista do Gigante de Pele Verde. Cada mês valia a pena porque era divertido, e sinceramente é isso que penso que uma história em quadrinhos precisa ser, divertida, ou seja, você lê e aquilo te faz bem, te ajuda a relaxar.

Num determinado período deixei de ler gibi, vendi minha coleção e fiquei bons anos sem passar perto de uma Hq. Mas, em 2006 estava cansado, estafado e pedi para minha esposa que me comprasse umas revistas e ela me trouxe duas revistas dos X-men, li e fui  procurar saber onde o Hulk estava sendo publicado, descobri e tornei a acompanhar as histórias do personagem.

Quando penso nas minhas lembranças e considero o hoje, vejo que ainda me divirto lendo quadrinhos, isso me faz bem, me ajuda a fugir um pouco dos problemas do dia a dia, das dificuldades que atravessam a vida  e que muitas vezes tornam a existência meio sofrida.

Por isso o Hulk é importante, pois muitas vezes ele esmaga o meu cansaço e me leva para histórias onde eu posso desligar por alguns instantes e fugir para uma realidade onde o impossível é muito pouco vislumbrado.

Porém, muitas vezes essas mesmas histórias tem fundos éticos formidáveis, dilemas que mexem de fato com a pessoa e consequentemente acabamos aprendendo uma lição ou duas nesse fantástico universo quadrinístico.

Partilhar lembranças é bom, até porque a vida é cheia delas e grande parte dessas lembranças são muito boas. Nessa toada sigo na estrada lendo gibi, pois esse hábito me faz bem e enquanto me fizer bem seguirei acompanhando as aventuras do maior de todos os personagens, a saber, O Incrível Hulk.